sexta-feira, 12 de abril de 2013

Comunicação - O que é mais difícil na comunicação, falar ou ouvir?

O que é mais difícil na comunicação, falar ou ouvir?



Apesar de falar ser uma das maiores dificuldades dos executivos, em alguns casos gerando até pânico na véspera de apresentações, vou dizer uma coisa, ouvir é ainda mais difícil.
Acredito que faculdades deveriam ter uma cadeira de comunicação com destaque especial em audição. Não falo apenas em ouvir, mas perceber a movimentação, gestual, posturas, até roupas entre outros sinais importantíssimos.
Ouvir é essencial, mas, como parece passivo é frequentemente subestimado. Vou falar mais uma coisa, quem conduz uma conversa é o bom ouvinte.
Estamos diante de um processo de decifrar pessoas, e com isso, fazer intervenções corretas e quando atingimos o ponto que desejamos, é maravilhoso os resultados.

A primeira regra básica é: Não interrompa.
Veja como, quando estamos com crianças próximas, damos o tempo necessário, nos preocupamos com o que estão sentindo, e não somente com o que estão sentindo. Esta mesma cortesia é oferecida aos idosos, deficientes ou barreira na linguagem. Por que não ouvimos a todos desta maneira?
Um dos grandes problemas é que o comunicador espera uma informação e não percebe os sinais mais importantes que seu público lhe oferece. Também, uma preocupação em saber se o mesmo compreendeu sua mensagem quando, muitas vezes, você está passando a mensagem de forma errada. Cada indivíduo tem um canal diferente para receber uma mensagem. Mesmo quando o ouvinte está divagando e é tentador fazer um corte abrupto, ouça com atenção e perceba a forma de construção de pensamento desta pessoa e assim, trabalhar e optar pelo melhor canal de comunicação.
Quando interrompemos alguém, cortamos o fio do pensamento e assim perderemos o ritmo e demora a reconquistar a mesma fluência.
Existem várias formas, as piores é começar a distrair o olhar, fazer anotações, chamar alguém enfim, alguns gestos são até pouco educados.
Qualquer distração é uma interrupção potencial, e estas são fatais para os resultados.

Mostre empatia: Não condene nem discuta ou assuma ares de superioridade;
 Todos detestam quando o interlocutor toma certas posturas como, “você não sabia”, “porque não faz assim”, “qualquer um sabe disso”. Ao invés de dizer algo como “não acredito que possa ter feito algo tão estúpido” diga “não seja tão duro consigo mesmo, todos cometem erros”.
Outro clássico diga, “Sinto muito que tenha sido dispensado, você está bem?” Ao invés de, “eu disse que seria demitido se tirasse mais licenças médicas”.
Menosprezar, olhar com superioridade ou condenando certas atitudes é muito negativo.
Um conselho: “ Se você não puder dizer algo agradável, não diga nada”. Isto lhe transformará no tipo de ouvinte no qual as pessoas sentem vontade de falar, e isto será uma grande vitória.

Fique perto, mas não seja invasivo.
Na maioria das culturas, fique um braço de distância, com intimidade isto pode mudar, mas tome esta regra para o dia a dia. Outra dica, tocar, muito, mas muito cuidado, pode ser ofensivo, mesmo que queira ajudar. Existem algumas crianças em salas de aula que, um simples toque nas costas durante a aula, os deixarão atentos e acolhidos, outros, será um desconforto enorme, principalmente crianças com Síndromes e Transtornos podendo até desencadear crises.
A medida é um braço, fique atento aos sinais, se a pessoa começar a virar de lado, cruzar os braços, tensa, estará desconfortável e, se ficar muito distante, poderá desviar o olhar, procurando uma forma de ir embora irá parar de falar.

Envolva-se, mas sem exageros.
Quando conseguimos algumas informações, ou sucesso na comunicação, os seja, está falando o que você quer ouvir, acene com a cabeça, diga apenas “entendo”, “certo” não interrompa pois assim, incentiva a pessoa a continuar. O silêncio pode ser desconcertante e perder este momento importante.
Cuidado com o exagero, desde um olhar fixo, sem piscar, até a intensidade que recebe uma informação. O Exagero denota falsidade e muitas vezes afastam as pessoas.

Linguagem Corporal
O simples ângulo do seu corpo ou a expressão do seu rosto pode sinalizar o futuro da comunicação tanto positivo como negativamente pode ser agressivo ou acolhedor.
Acenar suavemente a cabeça, sorrir, inclinar-se para frente, contato visual são reforços positivos na comunicação que acontece de forma natural na maioria das pessoas.
Se você deseja respostas positivas, não manipule as pessoas, intencionalmente ou não, pois os resultados em longo prazo serão desastrosos.

Fale sobre si, mas não fique íntimo rápido demais.
A boa conversa é uma via de mão dupla. Não adianta fazer as perguntas certas, se não oferecer algo também. É essencial expor algo se quiser que as pessoas continuem falando de modo que você ouça coisas que valha a pena.
Escolha cuidadosamente o que vai revelar, se errar, é melhor que seja por revelar menos. Guarde as informações para o momento oportuno, pois poderá ficar sem respostas durante momentos mais oportunos.

Contexto
Prepare o contexto, ponha a emoção certa no momento certo. Frases erradas no momento errado podem ser destruidoras como acontece em brigas de casais que dizem no calor da briga, “odeio você”, “não sei como casei com uma pessoa como você”, apenas, aconselho utilizarem inteligência, até em separação se for o caso.
Existem muitas inconsistências na comunicação as pessoas raramente são 100% precisas. Nem todos os lapsos são Freudianos, nem todas as explosões emocionais são os verdadeiros sentimentos e nem toda inconsistência são uma mentira proposital. Não as considere assim.

Ouça com todos os sentidos
Mesmo que perdemos muito com tanta tecnologia, é importante percebemos a postura corporal, as nuances na voz, rubor da face entre outros, entre amigos até uso de medicamentos, álcool, vestuário e outras pistas, não perca uma oportunidade de um bom encontro.
Tecnicamente ouvir é somente quanto ao som, mas, entendo que é perceber todos os sinais, não se restrinja apenas a um deles.

Crie um bom ambiente
Para tudo dar certo, procure o conforto, ambiente certo, momento certo. Cuidado para não expor, não invadir, acontece com broncas em sala de aula criando bullying como um simples, “Por que só você não consegue fazer isso?” pronto, as crianças irão judiar desta exceção que foi denunciado pelo próprio professor ao invés de pedir discretamente para refazer, ou informar os país, ou, conversar particularmente entre outras opções. Tem casos também, interessantes como loja de lingerie, muitas vezes, para atender este cliente necessita diversos cuidados.
O melhor ambiente depende do que pretende, nos anos 40, os detetives faziam interrogatórios prendendo o suspeito em uma cadeira com uma forte luz sobre o mesmo, deixando o mais desconfortável possível, assim, logo, responderia para tentar sair daquela situação.
O Oposto é verdadeiro, oferecer o maior conforto, para a outra parte ficar confortável, seguro para trocar informações pertinentes.
Para um primeiro encontro sugiro um restaurante, onde os pratos são servidos lentamente, de preferência com diversos pratos, espaço intimo com meses bem distantes, onde terá a oportunidade de conversar por horas, o que seria melhor?
Local
Quando conversamos com alguém na casa deles, eles se sentem mais seguros e confortáveis, quando estão em nosso ambiente, nós teremos a obrigação de deixa-los sentirem-se a vontade.
Veja um chefe, quando quer dar uma boa notícia, vai até o funcionário, mas, quando pretende dar uma má notícia, reclamação, bronca, pede que venha a sua sala, pois ali, sente-se mais a vontade e no controle.
Em seus ambientes as pessoas passam mais informações, quando veem a nosso encontro, se preparam e fica mais difícil captar mais informações.
Falando ainda em local, evite obstáculos, se for uma mesa, deixa a mais vazia possível, pois são distrações. Para cumprimentar, saia de traz de sua, levante-se e vai receber o mesmo para se despedir. Acompanhe.
Livre-se de distrações como telefones, recados o que for possível evitar o faça.

Mande suas dicas.
Abraços 

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